O consórcio é uma modalidade financeira amplamente conhecida e utilizada no Brasil, principalmente por aqueles que desejam adquirir bens de maior valor, como imóveis, veículos ou serviços, de maneira planejada e sem a incidência de juros.
Diferente dos financiamentos tradicionais, o consórcio oferece uma abordagem colaborativa, onde um grupo de pessoas se une com o objetivo comum de poupar e realizar suas metas.
Contudo, para que essa opção realmente seja vantajosa, é essencial compreender quando e em quais circunstâncias o consórcio se mostra uma escolha financeiramente inteligente. Neste artigo, exploraremos em detalhes qual o principal objetivo do consórcio.
O consórcio é uma modalidade de compra colaborativa que permite a aquisição de bens ou serviços por meio de uma união de pessoas com um objetivo em comum. Essas pessoas se organizam em grupos gerenciados por uma administradora ou cooperativa, que é responsável por reunir os interessados e coordenar todo o processo.
Os participantes escolhem um plano de consórcio que melhor atenda às suas necessidades, seja para a compra de um imóvel, veículo, serviços ou outros produtos. Ao longo do tempo, os membros do grupo contribuem com parcelas mensais, formando uma espécie de poupança coletiva.
Periodicamente, um ou mais participantes são contemplados com a carta de crédito, que possibilita a aquisição do bem ou serviço desejado.
Essa modalidade é vantajosa porque permite planejamento financeiro e a aquisição de bens sem a necessidade de juros altos, como ocorre em financiamentos tradicionais. Ainda, o consórcio estimula a disciplina financeira, uma vez que o participante precisa se comprometer com os pagamentos regulares para ter a chance de ser contemplado.
O principal objetivo do consórcio é possibilitar a aquisição de bens ou serviços de maneira planejada e sem a incidência de juros, oferecendo uma alternativa aos financiamentos tradicionais.
Com o consórcio, o participante se compromete com um plano que estabelece pagamentos regulares, o que facilita a disciplina financeira e permite a concretização de metas importantes.
Uma vantagem significativa é a chance de antecipar a conquista do bem desejado por meio de sorteios ou lances.
Isso significa que, ao invés de ter que acumular todo o valor necessário por conta própria, o consorciado pode ser contemplado antes do tempo previsto, possibilitando a realização do sonho com maior rapidez e sem a necessidade de grandes somas de dinheiro de imediato.
Por exemplo, ao investir em um consórcio para comprar um veículo, o participante pode obter o bem antes do prazo inicialmente estimado, sem a pressão dos altos juros cobrados em financiamentos.
Dessa forma, o consórcio se destaca como uma opção acessível e flexível para quem deseja adquirir bens de maior valor, como imóveis, automóveis, ou até mesmo serviços, de maneira organizada e vantajosa.
Os consórcios oferecem uma grande diversidade de opções que atendem às mais variadas necessidades, permitindo a aquisição de bens e serviços de forma acessível e planejada. Conheça os principais tipos de consórcio:
Com tantas opções disponíveis, o consórcio oferece soluções flexíveis para diversos objetivos, permitindo que pessoas de diferentes perfis consigam alcançar suas metas financeiras e realizar seus sonhos de maneira planejada.
O funcionamento do consórcio é estruturado para permitir a aquisição planejada e sem juros de bens e serviços. Aqui está um passo a passo de como esse processo ocorre:
Dessa forma, o consórcio oferece uma alternativa estruturada e acessível para a aquisição de bens e serviços, facilitando o planejamento financeiro e a realização de sonhos sem a necessidade de pagamento de juros elevados.
O consórcio se destaca como uma alternativa vantajosa para quem busca adquirir bens e serviços de forma planejada e eficiente. Aqui estão algumas das principais vantagens:
Flexibilidade de uso do crédito Com o consórcio, o crédito pode ser utilizado de maneira flexível para adquirir diferentes tipos de bens e serviços, conforme o plano escolhido. Essa flexibilidade permite que o participante escolha o que melhor atende suas necessidades e preferências.
Reajuste anual da carta de crédito A carta de crédito recebida no consórcio tem reajuste anual, o que ajuda a manter o poder de compra do participante frente à inflação e à variação monetária. Isso garante que o valor disponível para a aquisição do bem ou serviço não perca seu valor real ao longo do tempo.
Possibilidade de dar lances Os participantes têm a oportunidade de dar lances todos os meses para antecipar a contemplação. Caso o lance seja vencedor, é possível alcançar o objetivo antes do prazo originalmente previsto, acelerando a realização do sonho.
Uso do FGTS O consorciado pode utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para dar lances, pagar parcelas, amortizar ou liquidar o saldo devedor. Isso oferece uma vantagem adicional ao possibilitar o uso de um recurso financeiro já disponível para facilitar a aquisição.
Atualização da carta de crédito Mesmo que o participante não seja contemplado antes do término do prazo de pagamento, a carta de crédito será atualizada para refletir a inflação e a variação monetária do período. Assim, o valor disponível continua adequado para a compra desejada.
Compra com menos burocracia A carta de crédito permite a aquisição do bem como se fosse um pagamento à vista, reduzindo a burocracia geralmente associada a financiamentos. Isso facilita a negociação dos valores e simplifica o processo de compra.
Essas vantagens fazem do consórcio uma opção atraente para quem deseja realizar grandes aquisições de forma planejada e econômica, mantendo o controle das finanças e facilitando a concretização de objetivos.
Além das parcelas mensais destinadas à aquisição do bem ou serviço, o consórcio envolve alguns custos adicionais que devem ser considerados. Aqui estão os principais:
Taxa de administração A taxa de administração é a remuneração paga à administradora do consórcio por sua gestão e organização. Ela é calculada sobre o valor total do bem ou serviço e é dividida pelo prazo do consórcio, sendo diluída nas parcelas mensais.
Por exemplo, se a taxa total for de 15% e o consórcio durar 60 meses, a taxa mensal será de 0,25% do valor do bem. Para um bem de R$ 30 mil, isso resulta em uma taxa mensal de R$ 75.
Fundo de reserva O fundo de reserva é uma contribuição adicional destinada a cobrir eventuais imprevistos e despesas do grupo. Ele pode ser usado para situações como insuficiência de recursos no fundo comum, pagamento de seguros em caso de inadimplência, despesas bancárias, e custas judiciais.
O saldo restante no fundo de reserva é dividido entre os participantes ao final do consórcio. Se a contribuição for de 2% e o consórcio tiver 60 meses, a contribuição mensal será de aproximadamente 0,0333% do valor do bem. Para um bem de R$ 30 mil, isso corresponde a um custo mensal de R$ 9,99.
Seguro A contratação de seguros pode ser uma exigência contratual em alguns consórcios. As apólices mais comuns incluem:
As exigências e tipos de seguro podem variar conforme a administradora e o tipo de consórcio. Por exemplo, alguns consórcios cobram taxas de administração apenas após a contemplação e oferecem seguros de forma opcional.
Os custos relacionados ao consórcio são definidos no contrato e podem variar de acordo com a administradora e o tipo de plano escolhido. É essencial ler atentamente o contrato e esclarecer todas as dúvidas antes de aderir ao consórcio para entender todos os encargos envolvidos.
O consórcio não se configura como uma modalidade de investimento tradicional, uma vez que seu objetivo principal não é gerar rentabilidade a partir do capital aplicado.
Em vez disso, a finalidade principal do consórcio é possibilitar a aquisição de bens ou serviços de forma mais acessível e econômica, sem a cobrança de juros, por meio de uma contribuição planejada.
No entanto, o consórcio pode ser usado como uma ferramenta para adquirir ativos que, por sua vez, podem gerar retorno financeiro. Por exemplo, ao adquirir um imóvel através de um consórcio, você está investindo em um ativo que pode valorizar-se com o tempo e gerar renda através de alugueis.
Da mesma forma, a compra de um veículo pode contribuir para a geração de receita, especialmente se o veículo for utilizado para fins comerciais. Além disso, o valor que ainda não foi utilizado no consórcio pode ser aplicado em diferentes modalidades de investimento.
Durante o período de consórcio, o dinheiro acumulado pode ser aplicado em títulos públicos e alguns fundos de renda fixa, conforme permitido pelo Banco Central. Isso oferece uma oportunidade para potencializar o valor disponível, antes que ele seja utilizado para a compra do bem ou serviço.
Portanto, enquanto o consórcio em si não é um investimento em termos de rentabilidade direta, ele pode ser um meio eficaz de adquirir ativos que têm potencial para gerar retorno financeiro e pode ser complementado com aplicações financeiras durante o período do consórcio.
Embora o consórcio envolva o uso de crédito para a aquisição de bens ou serviços, ele não se enquadra nas modalidades tradicionais de crédito, como empréstimos ou financiamentos.
Em vez disso, o consórcio é caracterizado como um tipo de “autofinanciamento”.
No consórcio, o crédito é obtido por meio das contribuições periódicas dos participantes. A ideia é que cada participante contribua com uma parcela mensal, e, ao longo do tempo, todos os membros do grupo serão contemplados com a carta de crédito para a compra do bem ou serviço desejado.
A contemplação ocorre por sorteio ou leilão, e o bem só é adquirido depois que o consorciado já pagou suas parcelas.
Ao contrário dos empréstimos ou financiamentos tradicionais, onde o crédito é concedido antes do pagamento das parcelas e com a aplicação de taxas de juros, no consórcio o pagamento é feito antes da entrega do bem, e não há a incidência de juros.
O consórcio é, portanto, uma forma de crédito que depende da colaboração de todos os participantes e se baseia na promessa de que todos serão contemplados ao longo do tempo, em vez de fornecer um crédito imediato com juros.
A escolha entre consórcio e financiamento para adquirir um bem, como um carro ou uma casa, depende de vários fatores, incluindo suas necessidades imediatas e sua situação financeira. Aqui estão algumas considerações para ajudar na decisão:
O consórcio é uma modalidade de autofinanciamento onde um grupo de pessoas se reúne para comprar bens de forma colaborativa. Entre as principais vantagens do consórcio estão a ausência de juros e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além da flexibilidade na escolha do bem a ser adquirido.
No entanto, o consórcio exige que você se comprometa a pagar parcelas regularmente e pode levar um tempo considerável até que você seja contemplado e possa adquirir o bem desejado.
Caso você atrase o pagamento, há o risco de exclusão do grupo e aplicação de multas. Por isso, se você precisa do bem de forma imediata, o consórcio pode não ser a melhor opção.
No financiamento, você obtém um empréstimo de uma instituição financeira, como uma cooperativa ou um banco, e paga o montante emprestado com juros. A principal vantagem do financiamento é a aquisição imediata do bem, sem a necessidade de esperar a contemplação, o que é ideal se você precisa do bem no curto prazo.
Por outro lado, as taxas de juros no financiamento podem ser bastante elevadas, o que pode aumentar significativamente o custo total do bem ao longo do tempo. Além disso, o financiamento envolve a cobrança de IOF e outras taxas associadas ao empréstimo.
A escolha entre consórcio e financiamento vai depender da sua situação financeira e das suas necessidades.
O consórcio pode ser mais vantajoso para quem pode esperar e deseja evitar juros, enquanto o financiamento é ideal para quem precisa de acesso imediato ao bem, apesar dos custos adicionais. Avalie suas prioridades, sua capacidade de pagamento e o tempo que você pode esperar para tomar a melhor decisão para seu caso específico.
Embora o consórcio ofereça várias vantagens, como a ausência de juros e a flexibilidade na escolha do bem, é importante estar ciente dos riscos associados a essa modalidade. Aqui estão alguns dos principais riscos a serem considerados:
Inadimplência e medidas de proteção Apesar dos mecanismos como fundo de reserva, seguros e garantias, a inadimplência pode ocorrer. Quando um participante não cumpre com os pagamentos, isso pode afetar todo o grupo.
No entanto, existem medidas para mitigar esses riscos, como a possibilidade de transferir o contrato para terceiros e a aplicação de multas por quebra de contrato. Se o crédito contemplado não for utilizado, ele pode ser cancelado. Essas medidas ajudam a reduzir a probabilidade de calotes e a manter a estabilidade do grupo.
Escolha da administradora A escolha de uma administradora confiável é fundamental para minimizar riscos. É importante verificar a reputação e a credibilidade da administradora antes de aderir a um consórcio. O site do Banco Central oferece uma lista de instituições autorizadas a operar no segmento, permitindo que você faça uma escolha informada e segura.
Dinheiro "preso" no consórcio Um dos principais riscos para quem faz um consórcio é o tempo de espera para acessar o crédito. Enquanto você não for sorteado ou não oferecer um lance competitivo, o dinheiro pago fica "preso" no grupo.
Se desejar desistir do consórcio, você só poderá resgatar os valores pagos quando for sorteado ou ao final do programa, o que pode levar um tempo significativo.
Por exemplo, se você aderiu a um consórcio de 60 meses e decide sair após 15 meses, pode ter que esperar até os 45 meses restantes para resgatar o dinheiro, a menos que consiga vender sua cota para outra pessoa.
Transferência de contrato Se optar por transferir sua cota para outra pessoa, é importante saber que isso pode envolver uma taxa de transferência e deve ser previsto em contrato. Além disso, a transferência precisa ser aprovada pela administradora, o que pode adicionar uma camada de complexidade ao processo.
Esses riscos são parte integrante do consórcio e devem ser considerados ao decidir se essa modalidade é adequada para suas necessidades e objetivos financeiros. Avaliar cuidadosamente as condições do contrato e escolher uma administradora confiável pode ajudar a mitigar esses riscos e garantir uma experiência mais tranquila no consórcio.
Como em qualquer investimento você deve buscar um consórcio que passe confiança e que mantenha um bom relacionamento com o participante.
E para isso, o primeiro passo é encontrar uma administradora que seja autorizada pelo Banco Central do Brasil.
Faça um planejamento financeiro completo antes de fechar o contrato, desse jeito você saberá quanto tem disponível por mês para pagar. Assim, fica mais fácil escolher os prazos e os valores na hora da adesão ao plano.
Atenção ao contrato, as cláusulas precisam estar legíveis, e devem ser claras e objetivas. Conheça os prazos, valores e as possibilidades de adesão a um grupo.
Nós já falamos um pouco sobre isso, mas vale a pena ressaltar. Fazer um consórcio possibilita que o participante melhore seu planejamento financeiro.
Ter controle sobre suas finanças vai te ajudar a conquistar seus objetivos e pagar suas parcelas em dia, já que o atraso pode gerar multas.
E para que isso seja possível confira algumas dicas para organizar suas finanças pessoais:
O que um participante de consórcio mais espera é o momento da contemplação. Mas e o que fazer depois?
Você pode ser contemplado de duas formas: por sorteio ou lance. Ao final do contrato, todos os participantes não sorteados recebem a carta de crédito.
Com a carta na mão, é hora de realizar sua compra. E para isso, você precisa levantar seus documentos pessoais, ter comprovante de renda e depois apresentar as informações e documentos do bem que deseja adquirir.
Por fim, você estará na melhor fase do processo, a compra do seu bem ou serviço.
Para concluir, o consórcio é uma alternativa inteligente para quem busca adquirir bens ou serviços de maneira planejada, sem a pressão dos juros altos dos financiamentos tradicionais.
Ele oferece diversas vantagens, como flexibilidade, economia e disciplina financeira, tornando-se uma opção atrativa para a realização de sonhos. No entanto, é importante considerar seus riscos e garantir que a escolha da administradora seja feita com cautela.
Ficou interessado em saber mais? Conheça todas as opções de consórcio disponíveis na Credicom!