Sicoob Central Cecresp - Sicoob Cecresp
Quem Somos
A Cecresp foi uma das primeiras Centrais de cooperativismo de crédito do Brasil, desdobrando-se de outras entidades regionais que surgiram a partir de 1960. Foi fundada em 14 de outubro de 1989.
Em seus mais de 30 anos de história, o Sicoob Central Cecresp tem consciência de que alcançou a maturidade e o reconhecimento do setor, devido à seriedade do trabalho prestado junto às filiadas.
A Central Cecresp integra o sistema Sicoob e tem como objetivo representar o segmento, prestar serviços e supervisionar as singulares, por meio de profissionais capacitados nas áreas de auditoria, riscos, capacitação, contábil, crédito, financeiro, jurídico, marketing, negócios, normas, ouvidoria, recursos humanos e tecnologia. É fiscalizada pelo Banco Central do Brasil.
O Conselho de Administração do Sicoob Central Cecresp é responsável por estabelecer diretrizes, planos, metas e estratégias para garantir a adequada e eficaz consecução dos objetivos estatutários do Sicoob Cecresp e o fortalecimento do Sistema Sicoob.
Presidente:
CARLOS AUGUSTO DE MACEDO CHIARABA
SICOOB COOPERASO
Conselheiros:
CLARISVALDO IZÍDIO DE ALMEIDA
SICOOB METALCRED
ELIAS BSAIBIS FAZAN
SICOOB CREDCEG
CEL. HUDSON TABAJARA CAMILLI
SICOOB COOPMIL
JOSÉ EMÍLIO ORTOLANI
SICOOB CREDIÇUCAR
JUSSARA KUPPER DA SILVA MACHADO
SICOOB COOPMOND
MÁRCIO FRANCISCO BLANCO VALLE
SICOOB CREDICONSUMO
MARCOS AUGUSTO SANTANA
SICOOB CRED-ACILPA
PAULO SÉRGIO ALCIPRETE
SICOOB CRESSEM
O Conselho Fiscal do Sicoob Central Cecresp tem como principais funções certificar que as atividades previstas para a associação, as funções desempenhadas e as operações realizadas pelos responsáveis competentes, os controles operacionais, os registros e as demonstrações contábeis e demais atos e fatos administrativos estão em conformidade com o disposto no Estatuto Social e na legislação e nas normas aplicáveis ao Sicoob Central Cecresp.
CONSELHEIROS FISCAIS EFETIVOS:
MARIA TEREZA PEIXOTO PIMENTA
SICOOB 3 COLINAS
FLÁVIO RAFAEL DA PAIXÃO
SICOOB CREDMETAL
JOEL RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
SICOOB OURICRED
CONSELHEIRO FISCAL SUPLENTE:
ADRIANO DEL SANTO
SICOOB COOCRESB
Nosso propósito:
“Conectar pessoas para promover justiça financeira e prosperidade.”
Visão:
"Proporcionar a melhor experiência financeira aos nossos cooperados.”
Valores:
1-Respeito e Valorização das Pessoas;
2-Cooperativismo e Sustentabilidade;
3-Ética e Integridade;
4-Excelência e Eficiência;
5-Liderança Inspiradora;
6- Inovação e Simplicidade.
Atender aos requisitos legais, às necessidades e expectativas de nossas associadas;
Desenvolver e expandir o crédito cooperativo na sociedade em geral;
Aprimorar continuamente os serviços oferecidos e a competência de nossos empregados.
33 anos de conquistas!
O Sicoob Central Cecresp comemora 33 anos de muitas conquistas. Para conhecer um pouco mais dessa história de sucesso, a Cecresp ouviu os Dirigentes que colaboraram para a história da instituição.
E vamos juntos comemorar!
Um mar de oportunidades para o cooperativismo financeiro
Presidente do Conad (Conselho de Administração da Cecresp) nos períodos de 2018 a 2021 e de 2021 até 2024,Cel. PM Hudson Camilli destaca que o mercado paulista é repleto de oportunidades para o cooperativismo financeiro.
O dirigente ressalta a importância do amadurecimento e fortalecimento das cooperativas do Sistema Regional Cecresp para fazer frente aos desafios das instituições interessadas em atuar no mercado paulista: “Justamente pelas oportunidades dos recursos financeiros que estão tramitando aqui no nosso estado. Como todos nós sabemos, o PIB de São Paulo tem importância no contexto do Brasil e na América Latina”.
O Presidente do Conad traça ainda um perfil do setor: “É comum no nosso meio o entendimento que uma instituição financeira é fundamentalmente uma instituição de tecnologia. Nós temos visto um avanço muito grande de iniciativas da área tecnológica, que estão relacionadas com o mercado financeiro”.
Camilli explica que o Conselho de Administração do CCS (Centro Cooperativo Sicoob) definiu 74 projetos estratégicos. Dentre eles, o que tem mais trazido reflexões e discussões, com uma abordagem muito profissional considerando a importância do tema e o investimento que será necessário, é a proteção de dados: “Como exemplo, recentemente, um banco de médio porte foi invadido por hackers, que depois solicitaram uma grande quantia em dinheiro como resgate para restituir a estrutura tecnológica do banco para retomar suas transações normais, que estavam dominadas por esse grupo de invasores”.
“Além da proteção dos dados, evidentemente tem sido grande o investimento com o ressarcimento de perdas de fraudes, mais no varejo”, afirma o dirigentes. Segundo ele, recentemente, o Banco Central chamou os bancos para ajudar na definição de iniciativas que possam preservar o Pix desse grande assédio de fraudes.
“Obviamente que não podemos pensar exclusivamente na tecnologia. Temos que ter um olhar holístico sobre todas as variáveis e destacaria a capacitação das pessoas como a principal. Até pelo DNA do cooperativismo, o que vai fazer a diferença são pessoas capacitadas a atuar dentro de um modelo, que tem o propósito atender as pessoas que buscam se associar a uma instituição. Essa é a nossa grande diferença e o nosso grande propósito”, pontua o Dirigente.
“Tenho sempre uma postura muito otimista. Mais propriamente sobre o nosso sistema regional. Tenho visto, nos últimos anos, que temos crescido e amadurecido em conjunto, como instituição regional. Os dirigentes cada vez mais antenados, entendendo a importância de pertencer a um sistema forte, justamente para se proteger de circunstâncias que, isoladamente, não teriam condições de fazer. Ao mesmo tempo, podem se beneficiar de um sistema forte, que disponibiliza produtos e serviços que são de interesse e até necessários para o nosso associado. Assim, ele não precisa buscar no mercado financeiro tradicional, a um custo, como regra, sempre mais oneroso para o cidadão do que numa instituição cooperativista”, destaca Cel. PM Hudson Camilli.
Para o Presidente do Conad, os Dirigentes estão mais atentos e vêm interiorizando conceitos sobre a importância de se capacitarem e de estarem unidos e fortes para enfrentar esses desafios: “E eu vejo, a despeito de ainda não só o cooperativismo, mas propriamente as cooperativas da Cecresp, no contexto do cooperativismo nacional, com muitas oportunidades. Em vez de enxergar exclusivamente os desafios e as grandes diferenças que temos, se comparado com outras instituições até do nosso próprio sistema, vejo como uma grande oportunidade de crescimento e cada vez mais as nossas cooperativas conscientes da importância do crescimento e do fortalecimento sistêmico para poder ter perenidade e sustentabilidade”.
Nasce a Cecresp, uma instituição destinada ao sucesso
Fundador e primeiro Presidente da Cecresp, Luiz Antonio Pizzi ocupou a presidência do Conad (Conselho de Administração) da Central entre 1989 e 1993.
No início do movimento cooperativista em São Paulo, a Feleme (Federação Leste Meridional de Cooperativas de Crédito) era a instituição que representava o setor nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. “Depois, a Feleme foi desdobrada e cada estado ficou com uma federação. E São Paulo criou a Fecresp, que era a Federação de Economia e Crédito Mútuo das Cooperativas do Estado de São Paulo. E eu também fui presidente dessa federação”, explica Pizzi, após as gestões dos saudosos Luiz Dias Thenório Filho e Carlos Kleber Lemes Marques.
Naquela época, as singulares da Fecresp já contavam com uma boa estrutura financeira, mas a Federação enfrentava dificuldades de sobrevivência. “No final do ano, tínhamos que fazer empréstimo bancário ou antecipar as mensalidades das filiadas para poder pagar o 13º salário dos funcionários. Era uma pobreza. E tinha outro detalhe: por ser uma federação, ela não era considerada uma instituição financeira. Então não podia operar com as filiadas”, detalha o primeiro Presidente da Cecresp.
Diante das adversidades, a gestão daquele período começou a analisar a possibilidade de mudança. Segundo ele, um dos exemplos era a bem estruturada Central do Rio de Janeiro, comandada pela cooperativista Alzira Silva e Souza: “Fomos lá fazer uma visita e decidimos criar a Cecresp. Primeiro, fizemos uma simulação de como seria a Central e concluímos que ela poderia ter um grande incremento de movimentação financeira, resultado, entre outros indicadores. Resolvemos então fundar a Cecresp mesmo existindo a Fecresp. Foi então realizada uma assembleia no dia 14 de outubro de 1989 na cooperativa de Santa Marina, numa manhã fria e chuvosa”.
No início, a Fecresp e a Cecresp funcionaram de forma paralela. Segundo Pizzi, a Central começou a crescer e ganhar força rapidamente: “Para evitar a competição entre as duas instituições, em termos de representatividade junto ao movimento cooperativista do Estado de São Paulo, nós resolvemos incorporar a Fecresp na Cecresp. Realizamos uma assembleia, que achei que iríamos ter muitos problemas, mas, por incrível que pareça, a incorporação foi unânime. E com essa incorporação, a Fecresp foi extinta de imediato”.
O primeiro Presidente da Cecresp faz uma reflexão do trabalho ao longo desses anos: “Fico muito orgulhoso do que nós temos. Eu viajo para o interior de São Paulo e vejo lá singulares com o logotipo do banco Sicoob e sei que isso tudo tem a ver com a Cecresp. Demos um tremendo impulso para modernizar e fortalecer o movimento do cooperativismo de crédito no Estado de São Paulo”.
Mudanças para crescer e propagar o cooperativismo
Presidente do Conad (Conselho de Administração) da Cecresp entre 1996 e 1998, João Aparecido Carnelosso explica que sua gestão deu continuidade ao processo de profissionalização da Central, com a implantação de uma série de procedimentos e protocolos.
O período é marcado ainda pela mudança de sede da Cecresp. “Ocupávamos um prédio muito antigo, com aquele elevador de sanfona, e mudamos para o edifício onde até hoje está a Central. Na época, precisávamos de um espaço melhor com local para treinamento e, com isso, também vieram as questões de reformulação e implementação de programas de qualidade total e de TI”, detalha Carnelosso.
“O auge da minha gestão foi nossa entrada no Bancoob. Entendíamos que a constituição de um banco era o nosso futuro. Nós tínhamos a certeza disso”, afirma o Ex-Presidente. Segundo ele, os Dirigentes participavam ativamente do processo de constituição do banco e passaram por um estágio de convencimento do sistema Cecresp. “Foi bem difícil porque para participar do Bancoob a singular precisava aprovar essa entrada em assembleia. Foi quando tivemos uma assembleia memorável, e conseguimos, depois de bastante tempo, convencer as cooperativas de que nossa entrada no banco era muito importante. E que era uma decisão de oportunidade porque, se não entrássemos naquela época, dificilmente conseguiríamos depois, tendo em vista as exigências que foram feitas posteriormente”, detalha.
“Não via nenhum motivo para não participar do banco, tendo em vista que ele representava o futuro. Conseguíamos visualizar que o cooperativismo estava na possibilidade de associação de qualquer pessoa que tivesse interesse em se tornar um cooperado”, explica Carnelosso. Segundo ele, as mudanças não promoveram a perda dos princípios cooperativistas, que continuam os mesmos: “Hoje somos mais profissionais e temos todas as armas para concorrer no sistema financeiro, coisa que não tínhamos antes. Nós temos até uma vantagem. Temos mais proximidade com o associado que o banco”.
A tecnologia contribui para o crescimento das cooperativas
Presidente do Conad (Conselho de Administração da Cecresp) em dois períodos - de 1998 a 2012 e de 2015 a 2018 -, Manoel Messias da Silva relata os desafios de uma época de poucos recursos tecnológicos.
“O crédito cooperativo brasileiro tinha pouca automação. As cooperativas ainda eram bastante pequenas e o crédito cooperativo nacional era menor do que 1% do Sistema Financeiro Nacional de ativos totais, patrimônio e operações de crédito. Então, o nosso desejo, que era quase uma utopia, era alcançar 1% do SFN”.
O Dirigente relembra os detalhes do dia a dia do sistema financeiro: “Por falta de uma tecnologia mais adequada, com processamento centralizado, nós tínhamos muita dificuldade mesmo. Para se abrir um PAC, que correspondia às agências bancárias, se levava 120 dias, com processamento tudo offline, transporte de malote e de numerários. Então era um processo muito custoso e muito trabalhoso. Esse era o nosso maior desafio, ter uma tecnologia que pudesse dar vazão, velocidade e qualidade no relacionamento com o associado”.
No bug do milênio, em 2000, data que se previa a perda de dados por conta da configuração de datas em sistemas de computação, a área de Tecnologia da Informação ainda era muito incipiente nas cooperativas, comparativamente ao sistema financeiro tradicional. Messias explica que essa chave tecnológica começou a virar com a centralização do processamento de dados pelos Sistemas Sicoob e Sicredi - o processamento centralizado e on-line foi um divisor de águas: “As duas instituições investiram um importância bastante relevante para o segmento e, passados cinco anos desses investimentos, o sistema começou a colher os primeiros frutos. Isso foi aproximadamente há 15 anos”.
“Foi um retorno muito efetivo, que propiciou uma expansão para o sistema. Os principais indicadores cresciam a uma média de 20% ao ano. Era como se fosse uma mola que estava pressionada e, no momento que a tecnologia atingiu o patamar ideal, ela foi solta e o sistema começou a colher os frutos, desenvolveu muito. Hoje vem crescendo de maneira muito significativa”, relata.
As mudanças tecnológicas também contribuíram para a mudança do perfil dos profissionais nas cooperativas. “Com a permanente automação bancária, os bancos reduziram seus quadros de colaboradores, e parte destes técnicos especializados foram absorvidos pelo crédito cooperativo, no momento em que mais precisavam, foi uma boa coincidência. Eles tinham um conhecimento muito grande do sistema financeiro exatamente no momento que as cooperativas estavam precisando dessa miscigenação, da injeção de ‘sangue novo’, porém com um desafio, que foi superado aos poucos, que era aderir a filosofia cooperativista. Vinham de um conceito de banqueiro, que via as pessoas como negócio e como cliente e um mero número. E esses profissionais, ao chegarem no sistema cooperativo, se depararam com essa diferença de filosofia e foram, aos poucos, absorvendo a cultura cooperativista”.
Integração para fortalecer o cooperativismo financeiro
Presidente do Conad (Conselho de Administração) da Cecresp entre 2012 e 2015, Carlos Augusto de Macedo Chiaraba lembra que, desde 2000, participou de várias gestões da instituição, inclusive participa da atual na condição de Vice-Presidente.
“Assumi a presidência da Cecresp em 2012, após o aperfeiçoamento do sistema de governança da Central, que passou do modelo monístico para o dual misto, ou seja, com um Conselho de Administração (responsável pela direção estratégica) segregado de uma Diretoria Executiva (responsável pela gestão e respondendo ao Conselho)”, explica Chiaraba.
Naquele momento o Sicoob buscava o aperfeiçoamento da integração sistêmica. “Então, tínhamos o desafio de incentivar as cooperativas filiadas a se integrarem ao sistema Sicoob e convencê-las a aderirem ao Sisbr, que era um fator tecnológico altamente relevante para permitir a integração das singulares e oferecer serviços e produtos aos cooperados”, explica o Dirigente. Segundo ele, uma das particularidades do Sistema Cecresp estava na quantidade de cooperativas e na heterogeneidade de tamanho, do modelo e do tipo de segmentação de associados. “Essa diversidade, apesar de positiva, sempre representou uma grande responsabilidade para propor soluções harmoniosas que viessem a atender a expectativa de todas as filiadas da Central”, analisa.
Na época, o Sicoob era formado por cerca de 15 centrais, e a grande maioria com estruturas mais enxutas, além de possuírem nos quadros de filiadas muitas cooperativas de livre admissão, o que dava maior agilidade nas implementações de atividades sistêmicas e atendimento aos cooperados. “Tínhamos, dessa maneira, um grande desafio, pois, estando localizado no Estado de São Paulo, onde o volume de transações e operações financeiras do país é bastante grande e de muita concorrência, nossas cooperativas não tinham penetração e exposição no mercado, além de expertise no atendimento de pessoas jurídicas.
Essa situação, apesar dos avanços e aprimoramentos da governança e gestão, de certa forma, ainda perdura, sendo, ainda, um enorme desafio para as cooperativas do Sistema Cecresp”, afirma o Dirigente.
Nesse contexto, “a central sempre realizou eventos buscando recomendar o aprimoramento da governança, a adesão ao Sisbr e aos produtos do Banco Sicoob, justamente para que pudéssemos ocupar o espaço no Estado de São Paulo de forma efetiva e consistente” diz o Dirigente.
Na avaliação de Chiaraba, a Cecresp sempre cumpriu o seu papel de centralizadora financeira, provedora de serviços e suporte para suas filiadas e busca, constantemente, se adaptar ao cenário econômico, evolução normativa, além de se ajustar ao desenvolvimento do modelo sistêmico, sem deixar de cumprir com o seu papel de ajudar as suas filiadas a crescer e atender com excelência os milhares de cooperados, levando a eles justiça financeira e prosperidade.
“Com esse desafio, a Central tinha o papel não só de supervisão auxiliar do Banco Central, de representação junto ao sistema, mas atuar com as filiadas no sentido de mostrar a direção. E, principalmente, liderar o processo de adaptação e de evolução”, detalha.
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Entrevistas realizadas em Outubro de 2022
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