Queijo Minas Artesanal é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco - Nacional
null Queijo Minas Artesanal é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco
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No dia 4 de dezembro, o modo de produção do Queijo Minas Artesanal (QMA), um dos maiores símbolos da cultura e tradição mineira, foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. A cerimônia, realizada em Assunção, no Paraguai, celebrou a rica história desse produto, que transcende gerações, consolidando-o como um ícone da identidade brasileira.
A conquista marca uma virada histórica na trajetória do Queijo Minas Artesanal, que enfrentou décadas de desafios, desde a informalidade até a consagração global. Para João Carlos Leite, presidente do Sicoob Sarom e uma das principais vozes na luta pelo reconhecimento, o momento representa um sonho realizado:
“O Queijo Minas Artesanal vivia à margem da legalidade. Pequenos produtores eram invisíveis e tratados com descaso pelas políticas públicas. Hoje, ao recebermos essa chancela da Unesco, vemos a força do trabalho coletivo e da valorização da nossa cultura. Este título é uma homenagem à resiliência dos produtores, que nunca desistiram de lutar por seus direitos, e ao papel transformador do Sicoob Sarom e da Aprocan, que acreditaram no potencial desse tesouro. É uma vitória da nossa gente.”
Higor Freitas, gerente executivo da Aprocan (Associação dos Produtores de Queijo Canastra), destacou a relevância econômica e social desse acontecimento para os territórios produtores:
“Este reconhecimento não é apenas um selo de prestígio, mas também um convite para que o mundo conheça e valorize o nosso queijo, feito com cuidado, tradição e dedicação. É um estímulo para que novos produtores entrem na cadeia produtiva e para que a comunidade local continue crescendo de forma sustentável. O Queijo Minas Artesanal não é só um produto; ele carrega histórias. Hoje, mostramos ao mundo a riqueza do Território da Canastra e de tantas outras regiões que produzem esse queijo com excelência.”
Este título da Unesco reforça a importância de preservar a tradição e os modos de produção do Queijo Minas Artesanal, enquanto abre portas para novos mercados e oportunidades. A certificação é um marco para Minas Gerais e para o Brasil, consolidando o QMA como um verdadeiro embaixador da cultura brasileira no cenário internacional.
O Queijo Minas Artesanal é produzido em algumas regiões do estado de Minas Gerais, cada uma com características únicas que refletem o terroir local. O Território da Canastra, região ícone do QMA, foi uma das primeiras a obter a Indicação Geográfica, um passo importante no processo que culminou neste título de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade.
A celebração desta conquista reforça o compromisso de produtores, associações e cooperativas em preservar a história e a qualidade desse produto singular, que agora é oficialmente um tesouro da humanidade.
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