Produtores rurais destacam importância de apoio financeiro para sucesso em seus negócios - Nacional

Tarcísio e a família usam energia solar para a produção, além de desenvolverem o próprio adubo

Um produz café, outro, orgânicos. Tarcísio Salvador, de Urubici (SC), e Valdir Ferreira Aruá, de Alta Floresta (RO), têm muito em comum. Primeiro, o sonho de tornar o agronegócio seu sustento. Em seguida, o apoio financeiro que receberam para realizar o que tanto queriam. Depois, um prêmio que reconhece as práticas sustentáveis adotadas em suas respectivas produções.

O que liga a história do Tarcísio à do Valdir é o Sicoob, um dos maiores apoiadores da produção agrícola do Brasil. A instituição financeira cooperativa ofereceu soluções personalizadas para os dois produtores, cada um dentro da sua necessidade e realidade. O resultado também é comum: o sucesso da produção.

Tarcísio é cooperado do Sicoob há mais de 20 anos. Embora o pai tenha trabalhado com agropecuária de leite e hortaliças, ele optou pelos orgânicos. Começou com um projeto pequeno, um pomar. Seguiu para a irrigação, depois a câmara fria, as placas solares e, por último, um galpão para produzir o próprio adubo. “Se não houvesse a ajuda do Sicoob para cada etapa do negócio, nada disso haveria acontecido”, diz.
Em época de colheita, Tarcísio conta com 30 empregados, o que ajuda a movimentar a economia local e a estimular o social.

Valdir é indígena e já trabalhava com café. Mas precisava agregar valor ao produto beneficiando, torrando, moendo e empacotando para comercializar. Ele procurou então vários bancos e recebeu negativas de todos. Só o Sicoob liberou uma linha de crédito para atendê-lo.

Quem o atendeu foi Daniel Alves Martins, gerente de Valdir até hoje. “Na ocasião, tínhamos uma linha de crédito chamada Pronamp, modalidade de Microcrédito operado pela Cooperativa Sicoob Credip em parceria com a Prefeitura e Estado de Rondônia, que se encaixava perfeitamente para atender o senhor Valdir. Operacionalizamos e liberamos o valor que ele precisava para realizar mais uma etapa do sonho da família Aruá”, lembra Daniel.

Atualmente, o café Aruá é consumido e comercializado nas comunidades locais e vizinhas. A família de Valdir participa de eventos e feiras divulgando e diversificando os canais de comercialização do produto.“É muito bom o apoio que eles dão para a gente. São todos muito parceiros”, diz Valdir.

A família – há muitos familiares envolvidos na produção, além de outras pessoas que são empregadas para ajudar na lavoura – participa de várias feiras divulgando e diversificando os canais de comercialização do produto agregando valor ao mesmo.

Dos 7,6 milhões de cooperados do Sicoob, mais de 430 mil são produtores rurais, como Tarcísio e Valdir. Todos eles beneficiados por recursos financeiros que ajudaram a estruturar, custear e comercializar suas produções.

Por entender que a estabilidade e a tranquilidade do segmento são vitais para a economia nacional, a instituição financeira oferece um portfólio de seguros que garantem a proteção e a segurança dos produtores. Também proporciona uma modalidade específica de consórcio aos setores pecuário e agrícola, uma alternativa de acesso a bens e investimentos para as atividades rurais.

Prêmio Produtor Rural Sustentável
Tarcísio e Valdir também têm outro fator importante em comum: desenvolvem técnicas sustentáveis nas suas produções. Inclusive, as iniciativas foram reconhecidas na 2ª edição do Prêmio Produtor Rural Sustentável, em julho deste ano.

A premiação reconhece produtores rurais financiados pelo Sicoob que adotam práticas sustentáveis nos âmbitos econômico, social e ambiental. São avaliados critérios como potencial de replicação, originalidade, inovação, benefícios e impactos positivos no meio ambiente e sociedade.
Dos 122 projetos, 12 chegaram à etapa final e seis foram vencedores, entre eles Tarcísio e Valdir. O produtor catarinense, dono do Pomar Fina Terra, usa a energia solar para sua produção, além de desenvolver o próprio adubo, enquanto a produção de café no Café Aruá é totalmente livre de agrotóxicos.

Café: uma das principais carteiras de agro do Sicoob
O café é a terceira principal carteira de crédito do Sicoob, representando 12% de todo o crédito – são R$ 6 bilhões por ano. Até o fim de 2024, as linhas de financiamento para custear a plantação, a implantação tecnológica ou a abertura da própria marca de café deve chegar a R$ 8 bilhões na carteira da instituição privada financeira.

A principal fonte de crédito para o café no Brasil é o Funcafé. O valor estimado é de R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão do Sicoob, o principal parceiro do governo no repasse do fundo.

Safra 2023/24: expectativa é crescer 33%
O Sicoob estima movimentar mais de R$ 52 bilhões na safra 2023/24, um crescimento de cerca de 33% em relação ao ano-safra anterior, quando foram concedidos cerca de R$ 39 bilhões em crédito para pequenos e médios produtores.

“Como é de praxe, o Sicoob reafirma o seu o compromisso com o agronegócio e o desenvolvimento do Brasil. Reconhecemos a importância do setor agropecuário para a nossa economia e estamos aqui para apoiar os produtores rurais. Além disso, nos orgulhamos de oferecer taxas mais competitivas do que as encontradas no mercado convencional”, diz o diretor Comercial e de Canais do Sicoob, Francisco Reposse Júnior. A última safra já tinha registrado um aumento de 63% em relação à de 2021/2022.

O Plano atual prevê destinar R$ 47 bilhões para operações de custeio, R$ 8 bilhões para operações de investimento e R$ 7 bilhões para industrialização e comercialização. “Com a Safra 2023/24, estamos comprometidos em fornecer soluções financeiras personalizadas e acessíveis, impulsionando o crescimento e o sucesso de cada cooperado, desde pequenos até os médios produtores. Nossa meta é estar ao lado deles em cada etapa, fornecendo suporte necessário para fortalecer o setor agropecuário e contribuir para o desenvolvimento sustentável do país”, diz o executivo do Sicoob.

Fonte: Sicoob – Assessoria de Imprensa. Foto: Ricardo Gonçalves/Pelicano Filmes.