Ação mobiliza a adoção de cães abandonados em Florianópolis - Nacional
null Ação mobiliza a adoção de cães abandonados em Florianópolis
Evento na Beira Mar Norte, em Florianópolis, foi realizado sábado, dia 26 de agosto, das 10h às 16h e contou com a colaboração do Sicoob
Com o objetivo de incentivar a adoção de animais de estimação e tornar o processo mais acessível para aqueles que desejam acolher um novo companheiro, o projeto SC+ Cooperativismo, da NSC, em parceria com o Sicoob, promoveu um evento especial em colaboração com o Protetor Paulo, no Trapiche da Beira Mar Norte, em Florianópolis. A ação aconteceu no dia 26 de agosto (sábado) entre 10h e 16h. Durante o período do evento, os participantes também puderam doar ração para ajudar os cães que estão sob os cuidados de abrigos. Cerca de 300 pessoas estiveram no local e sete cães foram adotados. O Sicoob distribuiu 50 bandanas e 50 adesivos para quem colaborou com a ação.
A palavra adoção, de acordo com o dicionário, significa "aceitação espontânea de (pessoa ou animal, geralmente doméstico) como parte integrante da vida de uma família, de uma casa". Por isso, quando as pessoas decidem pela adoção de um animal de estimação, é preciso cuidar e amar como parte da família.
Esse sentimento, nem sempre, é o que permanece. Segundo dados como o disponibilizado pelo Instituto Pet Brasil (IBP), no Brasil, cerca de 185 mil animais são resgatados por maus tratos ou abandonados e ficam sob tutela de organizações não governamentais (ONGs).
Cuidado e responsabilidade
Para cães abandonados, existem pessoas como Paulo Santangelo. O carioca, residente em Florianópolis desde 2012 e agora reconhecido como Protetor Paulo, cruzou o caminho de Dorinha, uma cadelinha abandonada à porta de sua residência, e a acolheu como sua fiel companheira. Desde então, sua dedicação a resgatar e cuidar de animais não cessou, tornando-se uma constante em sua vida.
Atualmente, Paulo diz que perdeu a conta da quantidade de animais que tem na sua casa, mas acredita que esse número ultrapasse 350. Paulo cuida sozinho de todos os animais. Inclusive, ele explica, que todos os dias chegam pedidos de ajuda. "Inicialmente eram 350, porém acredito que agora o número seja maior, devido ao nascimento de filhotes e à chegada de outros cães. Infelizmente, quase não tenho auxílio financeiro, trabalho sozinho e os pedidos de ajuda não param de chegar", afirma.
O cooperativismo em todos os lugares
Uma das bases do cooperativismo é a dedicação e o comprometimento com a comunidade na qual está inserida. Ser parte de eventos que promovem o bem-estar e o cuidado é parte da filosofia. De acordo com Diego Aguiar, do setor de Comunicação e Marketing Estratégico do Sicoob, eventos como o da adoção de animais são parte do que significa cooperar.
"O propósito do Sicoob é conectar pessoas para promover justiça financeira e prosperidade. Isto faz parte do nosso dia a dia. Trabalhamos para o desenvolvimento econômico e social das comunidades e cidades onde atuamos. No cooperativismo somos assim, juntamos pessoas para termos mais força e impacto positivo na vida de quem é associado do Sicoob, mas também para os temas prioritários da sociedade”, afirma Diego.
Ele acrescenta que “as preocupações da sociedade são também as do Sicoob e não falamos só de pessoas, mas também de animais. Nossos amigos de quatro patas também precisam de ajuda e merecem uma vida digna. Muitos são abandonados, agredidos, presos e colocados em situações de risco diariamente. Por isso a importância do trabalho e do apoio às ONGs de proteção animal. Ao adotar um animal carente, você ensina ao seu filho, às crianças e aos adultos com quem você convive, os valores da responsabilidade, comprometimento e, sobretudo, humanidade. Adotar é um ato de amor, que ajuda a fazer da sociedade um lugar melhor para viver".
Segundo Paulo, ações como esta são importantes para a divulgação do trabalho. “Levar os cachorrinhos e conseguir bons adotantes, para mim, é o ideal. A melhor coisa é encontrar um lar para eles. Vai ser muito bom estar em contato e explicar para as pessoas, para poder incentivar as adoções", disse.
A importância da adoção responsável
Por cuidar de tantos animais ao longo dos anos, Paulo também aprendeu a conhecer a índole das pessoas, porque é preciso se certificar de que a pessoa que está adotando tem o objetivo cuidar bem do animal, oferecendo-lhe um novo lar. Ele disse que, muitas vezes, já negou para algumas pessoas, pois sentiu nelas que o cachorro não seria uma prioridade. Antes de tudo, é realizada uma entrevista com os interessados, mas ele acredita que no olhar já é possível identificar quem realmente vai cuidar bem do animal.
Quando surgem dúvidas, o protocolo é aguardar três dias e levar o animal até a casa do futuro dono. Segundo Paulo, essa é uma maneira eficaz, pois a pessoa já pode pensar um pouco mais e não tomará uma decisão por impulso.
"É feita uma entrevista, bem detalhada. Se surgir alguma dúvida, não entrego o animal na hora e busco entregar na casa do interessado. Porque geralmente, quando chega uma pessoa boa, você já sabe. Em um evento de adoção, é algo que precisamos tomar mais cuidado, ir com cautela", afirmou.
Fonte: G1 SC (com acréscimo do Sicoob SC/RS).