Combate à fome e à pobreza também são bandeiras do cooperativismo - Nacional
null Combate à fome e à pobreza também são bandeiras do cooperativismo
O ciclo virtuoso do cooperativismo ajuda a combater a fome ao gerar trabalho, renda e prosperidade econômica às pessoas e às comunidades
O papel das cooperativas para uma sociedade mais justa social e economicamente foi exposto, em palestra, pela gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, no XI Simpósio Nacional de Gestão de Cooperativas (Singescoop). O evento, que aconteceu entre os dias 17 e 19 de janeiro, abrigou também o 4º Fórum de Cooperativismo do Singescoop, que contou com submissões de trabalhos científicos em nove áreas temáticas sobre o papel do cooperativismo frente à pobreza e à desigualdade social.
A gerente iniciou apresentando os números do cooperativismo, que conta atualmente com 18,8 milhões de associados, 4.880 cooperativas e 493 mil empregos gerados. Em 2021, o cooperativismo brasileiro movimentou R$ 784,3 bilhões de ativos. No cenário mundial, Fabíola trouxe a magnitude do movimento que gera 280 milhões de empregos com seus mais de 1 bilhão de cooperados. Das 300 maiores cooperativas do mundo, 22 são brasileiras.
As contribuições do cooperativismo na produção de alimentos para o Brasil e para o mundo também foram evidenciadas. “Nossos negócios, de fato, têm levado prosperidade e desenvolvimento para as comunidades onde as cooperativas estão inseridas. O ramo Agro abastece o Brasil e o mundo, pois o trabalho deles representa 53% das exportações brasileiras de grãos, para mais de 100 países. Somos os primeiros na demanda por suco de laranja, soja, açúcar e café.
Ocupamos a segunda posição no ranking de exportações de carne bovina; e a terceira em carne de frango, algodão, milho e azeite de soja. Tudo com muita qualidade e sustentabilidade", pontuou Fabíola.
A gerente evidenciou o ciclo virtuoso do cooperativismo, que é estruturado por pessoas unidas por um propósito, a geração de trabalho e renda e a prosperidade econômica dos negócios, das pessoas e das comunidades. "Mais que ajudar, o cooperativismo inclui. As ações do Dia C, ou Dia de Cooperar, de 2022, beneficiaram 2 milhões de pessoas e contaram com o trabalho de 92 mil voluntários, 1,3 mil cooperativas e mais de 3 mil iniciativas. Mais de 500 ações foram para minimizar os efeitos da pandemia", esclareceu.
A presença do cooperativismo no enfrentamento à violência infantil e de gênero também foi tema da palestra. "Em janeiro de 2022, o Comitê de Igualdade de Gênero da Aliança Cooperativa Internacional apresentou recomendação para incluir a paz e a não-violência como valores cooperativos, em especial, na Libéria e Turquia. Há uma mobilização para apoiar estas mulheres vulneráveis e capacitar refugiados, com apoio da FAO, órgão das Nações Unidas para a agricultura”, salientou.
Outro destaque na apresentação foi o programa ESG Coop. “As estratégias de cuidado ambiental, responsabilidade social e boas práticas de governança estão presentes no cooperativismo desde sua origem, está no DNA do nosso modelo de negócios. O que estamos fazendo agora é criar nossas próprias métricas. O ESG Coop conta com quatro pilares até o momento: o mapeamento das ações já realizadas pelas cooperativas; definição e organização de indicadores conectados ao modelo de negócios; a escolha de caminhos coletivos para evoluir e gerar o maior impacto positivo para todos; e a formação de líderes ESG”, enfatizou.
Oportunidades
Fabíola frisou que as oportunidades do cooperativismo estão alinhadas aos desejos do consumidor contemporâneo, como o compartilhamento de acesso à informação, a economia consciente e colaborativa, os produtos e serviços sob medida, os propósito e valores humanos nos produtos e serviços. "O cooperativismo apresenta resultados, produtividade e competitividade aliados à responsabilidade socioambiental, justiça social e prosperidade", acrescentou.
A gerente compartilhou informações dos ramos Agro e Crédito, que inspiram no quesito inclusão social e financeira, e reforçou o Desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, que pretende, até 2027, movimentar R$ 1 trilhão e agregar 30 milhões de cooperados ao movimento cooperativismo brasileiro.
Ao concluir, ela apresentou as plataformas ofertadas pelo Sistema OCB para impulsionar o cooperativismo, como a CapacitaCoop, que oferece cursos e trilhas de aprendizagem em Ensino A Distância (EAD); e a NegóciosCoop, e-commerce do cooperativismo brasileiro que já conta com mais de mil usuários, 523 cooperativas participando e mais de 650 anúncios publicados. "Temos ainda o ConexãoCoop, onde são divulgadas as oportunidades de feiras, missões e rodadas de negócios internacionais, em parceria com a Apex e o Ministério da Agricultura.
Para estimular a inovação, oferecemos também o InovaCoop com as principais tendências de mercado”, informou.
Fabíola convidou todos a conhecerem com mais profundidade a campanha SomosCoop, que, entre outras ações, estimula a utilização do carimbo nos produtos e serviços oriundos de cooperativas. “Para que todos conheçam e reconheçam a atuação do cooperativismo, o Sistema OCB vem produzindo, desde o final de 2022, a websérie SomosCoop Na Estrada, para despertar na sociedade o orgulho de ser cooperativista”, assinalou.
Singescoop
O evento foi promovido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, patrocinado pelo Sicredi e Cotrisel e apoiado pela Unicred, Camnpal, Sicoob e Cresol. O coordenador do 4º Fórum de Cooperativismo do Singescoop, professor Gabriel Murad, integra o comitê científico do Sistema OCB, denominado Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC).
Fonte: OCB – Assessoria de Imprensa.