null Bancos orientam população sobre golpes digitais

28/10/2022 15:11

Campanha tem o objetivo de promover a conscientização da sociedade para uso dos canais digitais de forma segura

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e mais 26 bancos associados realizaram de 24 a 28 de outubro a Semana da Segurança Digital, que teve o objetivo de promover a conscientização da sociedade para uso dos canais digitais de forma segura, orientando sobre como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais que tanto dão dor de cabeça aos consumidores e geram prejuízos financeiros.

Durante este período, os participantes divulgaram dicas de como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais. Cada instituição desenvolveu livremente suas ações de conscientização para seus clientes em suas mídias, usando as hashtags #SemanaDaSegurançaDigital, #PareEPense e #PodeSerGolpe. Durante a campanha, a Febraban e os bancos interagiram em suas mídias sociais com dicas e orientações para que as pessoas não caiam em golpes.

Participaram da campanha as seguintes instituições financeiras: ABC Brasil, BRB, Banco do Brasil, Banco Inter, Banco Pan, Banco Pine, Banco Votorantim, Banese, Banestes, BMG, BNB, Bradesco, Caixa, Daycoval, Fibra, Itaú, Letsbank, Mercantil do Brasil, Modal, Rendimento, Safra, Santander, Semear, Sicoob, Sicredi e XP.

Esta é a quinta edição da Semana da Segurança Digital, e o setor bancário se alinha mais uma vez a ações similares desenvolvidas tanto nos Estados Unidos desde 2003, como na Europa, desde 2012, e que envolvem vários setores da economia.

“A Febraban e seus bancos associados têm investido constantemente na comunicação com a população em geral com campanhas frequentes para orientar o cliente. É essencial criar uma forte cultura de proteção de dados no Brasil e ações de conscientização são fundamentais para fomentar a educação digital em nosso país”, afirma Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Golpe da Falsa Central de Atendimento
O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. E até mesmo pede para que ela ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e, principalmente, a sua senha quando você a digitar.

Há também abordagens em que o fraudador orienta o cliente a “estornar” uma transferência ou pagamento, fazer uma transferência para uma conta “segura” a fim de proteger seus recursos ou realizar um teste para checar se a conta está ativa.

Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe no WhatsApp
Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.

Desconfie de pessoas pedindo dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagem. Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.

Primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”, depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.

Golpe do link falso/phishing
Um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos, permitindo os golpistas acessarem todas as suas contas.

Desconfie de mensagens que você não pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao e-mail do remetente, empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Em caso de dúvida, não clique.

Golpe com Boletos
Com a entrada em vigor da Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR), em 2017, todos os boletos emitidos precisam ser registrados antes de serem emitidos, o que mitigou um valor estimado de R$ 450 milhões em fraudes por ano. Entretanto, golpistas estão sempre em busca de novas formas de se aproveitarem dos consumidores e causar prejuízos, substituindo ou alterando boletos recebidos através de e-mail ou por correio, contendo dados de compras efetuadas ou mensalidades.

A Febraban orienta que é de extrema importância que as pessoas se mantenham alertas para evitar serem vítimas. Os fraudadores apostam na desatenção dos pagadores para aplicar golpes.

Quando for pagar o boleto, confira os dados do beneficiário, tais como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, além do nome e número do CPF ou CNPJ do pagador. É muito importante checar se o nome que aparece como emissor do boleto confere com a empresa que você deseja realizar o pagamento.

Desconfie de e-mails recebidos com descontos no boleto. Não imprima os boletos – muitas quadrilhas usam vírus para adulterar os boletos. Ele muda os dados do boleto, como valor e a conta na qual o dinheiro será depositado, e entra em ação quando a pessoa imprime o boleto. Para evitar ser vítima desse tipo de golpe, a recomendação é solicitar que o emissor mande o arquivo no formato PDF.

Roubos de dados armazenados no celular
O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco. Usa várias abordagens para enganar o cliente: informa que a conta foi invadida, clonada, que há movimentações suspeitas, entre outras artimanhas. E diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema. Se o cliente instalar o aplicativo, o criminoso terá acesso a todos os dados que estão no celular.

A Febraban esclarece que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização. Entretanto, os criminosos realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites.

Não salve senhas em bloco de notas, elimine o histórico de mensagens no celular que contém senhas, não armazene fotos do cartão no celular. Não compartilhe sua senha com terceiros. Crie senhas fortes e não repita em outros apps. Também use o bloqueio de tela inicial, biometria facial/digital para acessar o celular e os apps e ative o bloqueio de tela.

Em caso de perda ou roubo do celular, entre em contato com o banco e faça o bloqueio da conta/canais/dispositivo. Registre um boletim de ocorrência e comunique sua operadora para o bloqueio da linha.

Fonte – Security Report.