Ontem, crianças. Hoje, jovens. Amanhã, adultos. E você quer que seu filho seja um adulto consciente, maduro o suficiente para cuidar sozinho da sua vida financeira, certo? Então, é melhor começar a ensinar algumas lições desde cedo.
A partir do momento que a criança começa a contar, já pode começar a receber algumas noções financeiras. Mas alguns anos depois chega uma fase ainda mais complexa.
Quando pré-adolescentes e adolescentes, os filhos ainda não têm uma preocupação com dinheiro. Mas recorrem aos pais sempre que querem algo, seja para comprar um novo jogo ou para ir a uma festa.
Neste momento, a maior reclamação dos pais costuma ser que os jovens não dão valor ao dinheiro. Mas como fazer um adolescente entender isso? Veja alguns ensinamentos que podem fazer diferença na vida financeira do seu filho:
1 A diferença entre vontade e necessidade
Um bom exercício em qualquer idade é diferenciar o que se quer do que realmente se necessita. Comece apontando em casa para seu filho, dando exemplos simples, como: alimentação é necessidade, mas aquele chocolate ou aquele biscoito podem ser só um desejo, uma vontade. Se necessário, estabeleça porcentagens do quanto pode ser gasto com necessidades e vontades, priorizando sempre as primeiras.
2 O que significa estar em dívida
Para que seu filho saiba as vantagens de ter uma vida sem dívidas, é preciso explicar o que são as dívidas e quais são as suas consequências. Explique que toda compra no prazo gera uma dívida que precisa ser paga e que deverá ser liquidada em uma ou mais parcelas. E que o não pagamento acarreta em impostos e taxas, que só aumentam esse valor.
3 O que são juros, impostos e taxas
Quem paga no prazo pode pagar mais. E quem divide em muitas parcelas também pode correr esse risco. Explique ao seu filho as vantagens de comprar à vista sempre que possível. A maioria dos adolescentes já têm uma noção teórica do que essas palavras significam. Mas você pode tornar a lição prática, estabelecendo, por exemplo, taxas para tarefas atrasadas e descontando da mesada dele. Só não esqueça de combinar tudo com seu filho antes para que ele entenda os verdadeiros motivos da lição.
4 Como usar o crédito com sabedoria
Mostre ao seu filho a importância de ter uma planilha financeira e de acompanhá-la com frequência para ter real noção do quanto se ganha, do quanto se gasta e com o quê, ou seja, para administrar seu dinheiro da melhor forma. Ensine-lhe valores, como ser antes de ter. E dê o exemplo.
5 Porque poupar e como
Guardar algum dinheiro por mês é uma necessidade de todos, seja para uma emergência ou para realizar um sonho. E é desde cedo que se aprende isso. Estimule seu filho a poupar. Pode começar com o famoso porquinho, guardando uma porcentagem da mesada, para comprar um novo jogo ou para fazer uma viagem com a turma, por exemplo.
6 Artigos usados podem ser uma boa compra
Nem tudo que se compra precisa ser exatamente novo. Mostre ao seu filho que comprar seminovos e usados não é nenhum demérito; pelo contrário, eles podem ser um negócio com bom custo-benefício, basta pesquisar bem e conferir as condições do artigo antes da compra.
7 O trabalho como aprendizado
Incentive atividades remuneradas ou o trabalho em meio período como aprendiz. Seu filho pode vender brigadeiros na escola, limonada na porta de casa, entregar jornais de bicicleta, etc. Assim, ele aprende a administrar o tempo entre o trabalho e os estudos e ainda começa a dar valor ao dinheiro que ele mesmo ganha, gastando-o com mais responsabilidade.
8 Colaborando nas despesas de casa
Se seu filho já tem alguma renda, ele pode ser estimulado a colaborar com as despesas da casa, proporcionalmente, claro, ao que ele ganha. Não precisa ser muito. O importante é incutir nele a responsabilidade de ajudar em despesas das quais ele também participa.
9 Cooperar é sempre uma boa atitude
O capitalismo às vezes pode ser muito individualista. Mas essa não é a única opção. O modelo cooperativo tem mostrado seu valor e se firmado por todo o mundo. E seu filho pode aprender desde cedo as vantagens de ser cooperativo. Para isso, você pode, por exemplo, incentivá-lo a comprar aquele jogo que ele quer em parceria com o amigo que sempre joga com ele. Ou a comprar aquele batom junto com a amiga que sempre sai com sua filha. Cooperando temos mais acesso e poder de barganha. Ensine isso ao seu filho.