Você já ouviu falar em cooperativas de crédito ou cooperativas financeiras? Sabia que essas instituições costumam oferecer os mesmos produtos e serviços que um banco comum? Só que as cooperativas financeiras têm crescido ainda mais que os tradicionais bancos brasileiros nos últimos tempos. Quer saber por quê? Acompanhe:
O crescimento do cooperativismo de crédito
Em todo Brasil, 7,8 milhões de pessoas e empresas já são associadas a cooperativas de crédito. E esse número tem aumentado a cada dia. Enquanto os grandes bancos têm registrado crescimento de 16% ao ano e bancos médios crescem cerca de 11% no período, as cooperativas de crédito têm média de crescimento anual de 20%. Juntas, as quatro maiores cooperativas financeiras do país já seriam, hoje, o sexto maior banco de varejo brasileiro: é o que diz um estudo inédito realizado pela consultoria alemã Roland Berger.
Apesar do crescimento expressivo, as cooperativas ainda tem uma participação pequena no mercado financeiro nacional (3%), mas isso tende a mudar. Afinal, as cooperativas seguem em busca de uma atuação mais abrangente, ofertando toda gama de produtos e serviços financeiros, em geral, com mais vantagens do que se encontram em um banco comum. É o caso dos juros mais baixos. Veja só:
Cooperativas oferecem juros mais baixos
Cooperativas são instituições que não visam lucro. Por isso, quando se trata de uma cooperativa de crédito, o objetivo, na verdade, é administrar melhor o dinheiro de todos os associados (e todos os usuários são associados). Assim, as cooperativas financeiras podem cobrar taxas de juros muito menores do que os bancos comuns.
Por exemplo, em média, um banco comum cobra 11% ao mês de juros no cheque especial. Em uma cooperativa, esse valor pode cair pela metade (cerca de 5,5% de juros, em alguns casos). Outro bom exemplo é o crédito pessoal, que em cooperativas costuma custar um terço do valor dos bancos comuns.
E essas são só algumas das vantagens oferecidas por esse tipo de instituição. Além disso, o associado de uma cooperativa também tem oportunidade de administrar melhor suas finanças, pois, como um dos donos, tem conhecimento total das políticas da entidade e poder de opinar sobre elas (e votá-las democraticamente). Aliás, o associado também participa dos rateios ou sobras da cooperativa.
Agências por todo o Brasil
Segundo dados do Banco Central, as cooperativas de crédito já possuem a segunda maior rede de agências do país, atrás apenas do Banco do Brasil.
Se incluirmos os caixas eletrônicos e postos de autoatendimento, a posição ocupada pelas cooperativas diminui um pouco, mas ainda assim, elas ficam apenas em sexto lugar.
Com investimentos contínuos em melhor atendimento a seus cooperados, esse progresso tende a continuar. Veja só:
Previsões para o futuro
Com a crise econômica enfrentada pelo país e o crédito escasso, as cooperativas têm sido uma opção cada vez mais interessante para o brasileiro. Ou seja, mesmo frente à crise, essas instituições continuam crescendo.
E apesar de ainda terem uma participação pequena no mercado financeiro nacional, já são debatidas algumas alternativas de superação, como associações, fusões e compartilhamentos entre sistemas cooperativos. A fusão das quatro maiores cooperativas de crédito brasileiras, por exemplo, já é uma temática em discussão.
Segurança e transparência para ir além
Além disso, vários avanços têm acontecido no segmento, como a conquista do Fundo Garantidor para Cooperativas, que cobre até R$ 250 mil em perdas, por pessoa, em caso de quebra de uma instituição. Outro passo são as auditorias especializadas em cooperativas.
Assim, buscando uma atuação cada vez mais abrangente e um ganho de escala cada vez maior, as cooperativas tendem a avolumar sua participação no mercado brasileiro.
De acordo com a consultoria alemã, as cooperativas de crédito brasileiras têm, hoje, potencial para se tornarem um antídoto à grande concentração bancária no país.
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