Rui Schneider da Silva: modelo de negócio que se baseia na economia colaborativa
Rui Schneider da Silva Presidente do Sicoob Credisulca.
Imagine uma instituição financeira em que você não seja apenas um cliente, mas um dos donos do negócio. Onde você tem direito a voto. E de ser votado, podendo se tornar um dos dirigentes. Uma instituição que tenha todos os produtos e serviços de um banco, mas com muito mais vantagens. E com as mesmas garantias, oferecidas pelo Banco Central do Brasil. Onde você paga menos taxas, juros e tarifas, tem um atendimento de alta qualidade e tecnologia de ponta, com aplicativos para celulares, tablets ou computadores que permitem fazer várias transações, onde quer que esteja, sem precisar ir a uma agência.
Pois essa instituição financeira já existe e responde pelo nome de cooperativa de crédito. E se você ainda não é sócio, certamente está perdendo dinheiro. Em média, as instituições financeiras cooperativas cobram menos da metade dos juros praticados pelas instituições bancárias do Sistema Financeiro Nacional. É por isso que também estão crescendo, em média, o dobro em relação a essas instituições. Numa cooperativa de crédito, as sobras positivas (que correspondem ao lucro nos bancos) retornam para os cooperados ao final do ano.
No Sicoob, o maior sistema de cooperativas de crédito do Brasil, os associados economizaram, no ano passado, R$ 2.818,00 em taxas e tarifas de produtos e serviços, comparado com o que teriam que pagar, em média, se operassem com os bancos tradicionais do país. Em todo o Brasil, essa economia para os associados do Sicoob chegou a R$ 9 bilhões em comparação ao mercado.
É por isso que os associados das cooperativas de crédito têm muito a comemorar em toda terceira quinta-feira de outubro Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito este ano celebrado no dia 19. Em todo o mundo são 231 milhões de associados e 56 mil cooperativas em 103 países. Como diz o slogan alusivo à data, este ano, Sonhos Prosperam Aqui. O cooperativismo de crédito é um modelo de negócio que antecedeu, há mais de um século, o que hoje se denomina como economia colaborativa. Ou seja, as cooperativas já anteciparam o futuro que hoje as pessoas querem para viver em um mundo melhor.