Assembleia da OCB aprovou a prestação de contas de 2017 e o plano de trabalho para 2018
Como bons cooperativistas, sabemos que é preciso arregaçar as mangas e abrir caminhos, criando novos empregos, novas formas de ganhar dinheiro, gerar renda e novas oportunidades para nossas cooperativas. Ninguém fará isso por nós, tampouco resolverá nossos problemas melhor do que nós mesmos. A frase é do presidente do Sistema da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, durante a Assembleia Geral Ordinária da entidade, ocorrida na Casa do Cooperativismo, em Brasília. O evento contou com a participação de praticamente todas as 27 organizações estaduais que aprovaram a prestação de contas da entidade e o plano de trabalho para 2018.
Durante seu pronunciamento, Márcio Freitas fez questão de ressaltar que, mais do que falar da crise, é fundamental falar de protagonismo. Por isso, destacou que 2017 foi o momento de manter a contribuição do cooperativismo com o mercado e economia do país, e reforçou a importância das conquistas regulatórias que asseguram mais estabilidade ao ambiente das cooperativas.
Freitas também ressaltou o trabalho persistente, baseado na confiança entre as pessoas, e que mostra que o cooperativismo, um movimento de mais de 13 milhões de cooperados, se preocupa com cada um deles, individualmente. O negócio cooperativo é um jeito de trabalhar diferenciado e é isso que torna as cooperativas empresas únicas, distintas de centenas de milhares de estabelecimentos focados no lucro pelo lucro e não no lucro pelas pessoas, como se o ter fosse mais importante que o ser. E é exatamente esse jeito diferente de gerar resultados, cuidando das pessoas e preservando os recursos naturais, que precisa ser reconhecido pela sociedade, afirmou.
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, apresentou os principais resultados obtidos em 2017. Como todos os setores econômicos, o cooperativismo também sentiu os efeitos da crise, mas de uma maneira bem mais suave. Por isso, é tão importante elencar os pontos positivos do ano que passou, comentou o superintendente.
Conseguimos aprovar o PLP 100/11 no Congresso Nacional. O resultado disso é que com a nova lei, os municípios que tenham disponibilidade de caixa poderão depositar seus recursos nas cooperativas de crédito. Este foi um grande avanço, pois, assim, as cooperativas de crédito poderão aumentar em mais de R$ 1 bilhão a captação de depósitos, informou.
Nobile disse ainda que em 2017, outro projeto que virou lei foi a regulamentação do Programa de Aquisição de Alimentos. O Governo Federal propôs um corte de 98,7% nos recursos do programa, o que iria prejudicar milhões de produtores de todo o país. Após forte mobilização da OCB e de outras entidades do setor rural, o Congresso Nacional aprovou a regulamentação. Com isso, o orçamento do programa saiu dos R$ 4 milhões, inicialmente propostos pelo Poder Executivo, para R$ 375,9 milhões.
A versão completa do relatório de gestão da OCB, contendo o resultado de todas as ações realizadas ao longo de 2017 está disponível nas Unidades Estaduais da OCB que, por sua vez, farão a remessa às cooperativas registradas.