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08/06/17

Agronegócio traça perfil da presença feminina


Pesquisa demonstra que mulheres estão cada vez mais presentes na gestão de empreendimentos agropecuários

O Instituto de Estudos do Agronegócio da Abag (IEAgro), a PwC e o Transamérica Expo, divulgaram os resultados de uma pesquisa inédita sobre a participação das mulheres na atividade do Agronegócio nacional. Em consonância com o que acontece na sociedade, onde a participação das mulheres é cada vez mais presente e ativa nas diferentes ocupações, no Agronegócio não é diferente. Em 2015, metade dos 243 formandos da tradicional Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirozda Universidade de São Paulo era do sexo feminino. Nos leilões, feiras e eventos do setor, elas já representam 20% do público, além de participarem em Comitês de Mulheres, recentemente criados nos Sindicatos e Federações de proprietários rurais. O extinto Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) apontou a existência de 90 Comitês Territoriais de Mulheres com propostas para receber recursos do Proinf Mulher.

Por essa crescente participação, cabe analisar melhor o papel e as demandas das mulheres atuantes no agronegócio. A carência de dados atualizados foi um dos impulsores da pesquisa. O último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006, mostrou que, naquele ano, a participação feminina era de aproximadamente 13% na direção dos trabalhos em estabelecimentos agrícolas de agricultura familiar. Na agricultura não familiar essa taxa gira em torno de 6%. Em compensação, quando se trata de trabalho não remunerado ou de autoconsumo, ambos na agropecuária, o percentual de mulheres é maior quando comparado aos homens, 30,7% no primeiro caso e 46,7% no segundo.

A pesquisa também mostra que as mulheres do agronegócio pertencem a diversas faixas etárias, atuam principalmente nas regiões sudeste e centro-oeste, em sua maioria, têm curso superior e costumam participar de entidades de representação do setor.

O agronegócio, com participação de quase 22% no PIB nacional, representa uma potencial fonte de emprego também para o sexo feminino e existe uma tendência inegável de crescimento na participação das mulheres no agronegócio, mesmo com os desafios relacionados ao gênero. Apesar das dificuldades, o protagonismo e a visão holística das mulheres devem prevalecer com mais força no setor do agronegócio. Isso colabora com o processo de mudanças necessário para a evolução do setor, a imagem da propriedade rural e a interação com a sociedade.

Principais resultados universo na fase quantitativa de 301 mulheres que atuam na gestão de empreendimentos agropecuários:

77% das mulheres declararam-se brancas.

42% das mulheres atuam na agricultura.

35% do total das mulheres cultivam soja.

34% do total das mulheres atuam na bovinocultura.

60% das mulheres completaram o curso superior.

62% das mulheres são casadas ou vivem com parceiro(a).

65% das mulheres têm filhos.

37% das mulheres contribuem da mesma forma que seu parceiro para as despesas da casa.

73% das mulheres trabalham em administração geral.

Em média, 70% das mulheres se dizem otimistas em relação ao futuro.

Os dados foram coletados entre novembro de 2015 e abril de 2016. A pesquisa foi divulgada em 8 de março de 2017 e foi realizada pela Fran6, com patrocínio da PwC Brasil e Transamérica Expo Center, com edição de conteúdo de IEAg, Abag e PwC Brasil Consultoria em diversidade.





Fonte: www.mundocoop.com.br

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