Você está em: Histórico de Notícias


21/11/18

A força do cooperativismo de crédito


A adesão de pessoas físicas ao cooperativismo de crédito aumentou 76% e entre pessoas jurídicas 120% entre 2010 e 2017

Mais de 9,5 milhões de pessoas em todo o país já conhecem as vantagens de fazer parte de uma cooperativa de crédito. O número é da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) que estará em Florianópolis (SC) entre os dias 21 e 23 de novembro, participando da 12ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred).

O evento tem como tema central Cooperativismo de Crédito: Protagonismo e Sinergia em Cenários de Mudança e servirá de cenário para debates que envolvem todos os integrantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Atualmente, o país conta com 929 cooperativas de crédito.

O Concred celebrará, ainda, a força do cooperativismo de crédito. Segundo dados do Banco Central, a adesão de pessoas físicas ao SNCC aumentou 76% entre 2010 e 2017. A procura foi ainda maior por pequenas e microempresas. O crescimento da carteira de pessoas jurídicas, verificado no mesmo período, foi de 120%.

As cooperativas de crédito representam a segunda maior rede de atendimento financeiro no Brasil. São mais de 5.800 pontos em todo o país, sendo que em 620 municípios a cooperativa é a única instituição com presença física. Além disso, são responsáveis pela inclusão financeira de milhões de pessoas, uma vez que 70% de seus empréstimos têm valores abaixo de R$ 5 mil, demonstrando o foco das cooperativas no microcrédito, informa o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.

Para ele, a confiança e a credibilidade dos serviços são os principais motivos para que esse modelo de negócio seja bem percebido pela sociedade, formada por pessoas cada vez mais preocupadas com o impacto de seu consumo.

Um dos fatores que impulsionou, ainda mais, a solidez da atividade foi a criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), em 2014, e que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos nas cooperativas singulares de crédito e nos bancos cooperativos, até o valor de R$ 250 mil, em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial.

Além do sistema de garantias e da própria regulação do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, as cooperativas de crédito facilitam o acesso de pequenos e microempreendedores. Ao optar por esse modelo, o cliente torna-se um cooperado ou, em outras palavras, dono do negócio.

Vale destacar que o SNCC possui um portfólio completo e compatível com as demandas de seus cooperados, ou seja, as cooperativas de crédito atuam com todos os produtos e serviços dos grandes bancos de varejo, mas com uma precificação bem mais justa.

Palestra

O superintendente Renato Nobile apresentará a palestra O futuro do cooperativismo começa hoje, na sexta-feira, dia 23 de novembro, durante o Concred. O Sistema OCB terá um estande no evento para promover o Movimento SomosCoop.

Nobile vai abordar as perspectivas do movimento para os próximos 10 anos. Nosso foco sempre será o cooperado. Queremos acompanhar o mercado para ampliar os negócios, com custos adequados e juros reduzidos, para entregar os melhores produtos com o viés digital sem, no entanto, deixar de lado o atendimento presencial, afirma.

Dentro do cenário que discute os novos rumos das cooperativas diante do perfil mais arrojado do consumidor brasileiro, fica claro que a inovação é um pilar importante já que o cooperativismo tem buscado soluções para atingir também um público empreendedor mais jovem.

Participação catarinense

Dados do Banco Central também revelam que Santa Catarina apresenta a mais expressiva participação no cooperativismo de crédito de todo o país. Considerando o volume de crédito, dentro da modalidade de empréstimo sem consignação, a atividade cooperativista representa 56% das operações, afirma Renato Nobile. Para ele, a pujança do modelo do estado de Santa Catarina se deve à tradição do movimento do cooperativismo na região.

Outro dado bastante relevante, segundo a liderança cooperativista, diz respeito à captação de depósitos, indicador que traz Santa Catarina para o topo da lista com 24,4% do market share. Acredito que a própria história de Santa Catarina possa explicar essa conjuntura. É algo que está fortemente presente no dia a dia das pessoas que vivenciam, na prática, o valor de cooperar uns com os outros, afirmou.

Sistema OCB

A Organização das Cooperativas Brasileiras é um Sistema composto por três instituições: OCB, Sescoop e CNCoop. Há uma unidade em cada estado do Brasil e, também, no Distrito Federal. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) trabalha pelo fortalecimento do cooperativismo brasileiro e cuida da representação institucional junto aos Três Poderes.

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) é responsável pelas ações de desenvolvimento das cooperativas, cooperados e empregados, com foco em formação profissional, promoção social e monitoramento.

E a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) completa o tripé, com a representação sindical patronal do movimento. Focos distintos e complementares, que fazem a soma dessas forças resultarem na potencialização de um setor essencial para a economia e a sociedade brasileiras.





Fonte: Aurélio Prado OCB.

Voltar ao Site