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11/09/14

Santa Catarina é o Estado mais cooperativista do país


A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) completou 43 anos no dia 25 de agosto, comemorando posição de destaque no cenário nacional. Estruturado no campo e na cidade, o cooperativismo catarinense continua em ascensão e crescerá 15% neste ano, de acordo com projeções feitas pela entidade. A expressão do setor é reconhecida nacionalmente: as 254 cooperativas do Estado reúnem 1,6 milhão de famílias associadas, mantêm 49.149 empregos diretos, faturam mais de R$ 20 bilhões por ano e representam 11% do PIB catarinense. Nosso Estado tem a maior taxa relativa de envolvimento populacional direto com o cooperativismo, afirmou o presidente Marcos Antonio Zordan.

Segundo Zordan, em 2013, o setor voltou a investir na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação de funcionários, dirigentes e associados. A receita operacional bruta atingiu R$ 20 bilhões e 16 milhões, com incremento de 14,8%. Foi o quinto ano consecutivo de crescimento, após a crise financeira internacional de 2008/2009 que atingiu todos os continentes. Para 2014, a previsão é repetir a taxa de crescimento de 15%.

O quadro social teve uma expansão de 11,6% em relação a 2012, alcançando 1 milhão 623 mil famílias. Consideradas as famílias cooperadas, isso significa que metade da população estadual está vinculada ao cooperativismo. A projeção de aumento do número de associados às cooperativas catarinenses para 2014 é de 17%. Zordan destacou que, em 2013, também cresceu em 14,7% a participação da mulher no quadro social das cooperativas, quando comparado ao ano anterior. Atualmente, 35,7% dos associados são do sexo feminino, índice que, até o fim deste ano, chegará a 40%.

O quadro geral do desempenho das cooperativas revela que, em 2013, o número total de empregados aumentou 14,4%, passando a 49.149 empregados. Em 2014 deve ampliar em mais 11%.

Em 2013, as cooperativas catarinenses recolheram R$ 1 bilhão e 278 milhões em tributos, sendo R$ 876,6 milhões de geração de impostos sobre a receita bruta e R$ 401,6 milhões de geração de contribuições sobre a folha de pagamento de salários. Isso representa 24% a mais do que o ano anterior e deve, ainda, subir 15% em 2014.

As cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo.

As 54 cooperativas agropecuárias representam 65% do movimento econômico de todo o sistema cooperativista catarinense. No conjunto, essas cooperativas mantêm um quadro social de 67.517 cooperados e um quadro funcional de 31.659 empregados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou R$ 13 bilhões 190 milhões.

O ramo de saúde, com 30 cooperativas e 10.753 associados, faturou R$ 2 bilhões e 359 milhões. O ramo de crédito, formado por 67 cooperativas que reúnem 989.763 associados, teve movimento de R$ 1 bilhão 980 milhões.

O ramo de transporte, formado por 24 cooperativas teve R$ 1 bilhão e 276 milhões de movimento, beneficiando 16.739 cooperados. No ramo de infraestrutura atuam 33 cooperativas de eletrificação rural com 295.339 associados. Em 2013, essas cooperativas faturaram R$ 449,2 milhões.

As 12 sociedades cooperativas que atuam no ramo de consumo com 230.999 associados, faturaram R$ 720,9 milhões no ano passado.

Os ramos de trabalho, produção, habitacional, mineral, especial e educacional, mesmo com menor expressão econômica, são instrumentos para a promoção de renda às pessoas físicas, que organizadas na forma de cooperativas prestam serviços especializados aos mais diversos segmentos da sociedade. São 34 cooperativas formadas por 12.113 cooperados que, em 2013, geraram R$ 39,9 milhões em receitas.

Marcos Zordan informou que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC), vinculado à Ocesc, investiu no ano passado R$ 12,7 milhões para ações de formação profissional que beneficiaram 111.079 pessoas e ações de promoção social que atenderam outras 21.307 pessoas entre associados, empregados e dirigentes de cooperativas. Os principais programas mantidos pelo Sescoop/SC foram Cooperjovem, Mulheres Cooperativistas, Ações diretas, Jovemcoop, Jovem Aprendiz, Auxílio Educação, Ações delegadas e Programa de Desenvolvimento da Gestão de Cooperativas (PDGC).

História

O primeiro órgão representativo do setor cooperativista no Estado foi a Associação das Cooperativas de Santa Catarina (Ascoop), fundada em 1º de agosto de 1964, em Blumenau. Em 1971, entretanto, o Governo Federal promoveu a estruturação legal-institucional, editando a Lei nº 5.764, de 16/12/71, que definiu a política nacional de cooperativismo e instituiu o regime político das cooperativas.

Em cumprimento à nova legislação foi constituída a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), órgão de cúpula do sistema na esfera nacional, na capital federal, e fundadas as Organizações de Cooperativas Estaduais (OCE) nas capitais das unidades federativas. Em 28 de agosto de 1971 surgiu a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), para representar o sistema cooperativo catarinense e disciplinar a criação e o registro de cooperativas singulares, cooperativas centrais e federações de cooperativas. Quando completou 40 anos, a entidade ganhou uma nova e moderna sede, em Florianópolis.





Fonte: MB Comunicação.

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