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19/09/16

A importância das cooperativas de crédito


 Artigo de Luiz Vicente Suzin, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc)

O que há de comum entre Bancos e Cooperativas de Crédito é que ambas são instituições de intermediação financeira. As semelhanças param por aí. Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral.

Por outro lado, conforme define a legislação, cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Os cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços. Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos bancos, como conta-corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Os associados têm poder igual de voto independentemente da sua cota de participação no capital social da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são iguais e a adesão é livre e voluntária.

A importância desse setor se sobressai a cada greve dos bancários, quando os únicos estabelecimentos funcionando são as cooperativas de crédito. Nessas ocasiões aumenta a percepção geral de que, por meio da cooperativa de crédito, o cidadão tem a oportunidade de obter atendimento personalizado para suas necessidades. O resultado positivo da cooperativa é conhecido como sobra e é repartido entre os cooperados em proporção com as operações que cada associado realiza com a cooperativa. Assim, os ganhos voltam para a comunidade dos cooperados. No entanto, assim como partilha das sobras, o cooperado está sujeito a participar do rateio de eventuais perdas, em ambos os casos na proporção dos serviços usufruídos.

As cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central e os depósitos em cooperativas de crédito têm a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Esse fundo garante os depósitos e os créditos mantidos nas cooperativas singulares de crédito e nos bancos cooperativos em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial dessas instituições.

Levantamento anual da Organização das Cooperativas do Estado (Ocesc) revela o extraordinário crescimento do ramo de cooperativismo de crédito em Santa Catarina. Estão registradas na Ocesc 63 cooperativas de crédito que, juntas, reúnem 1 milhão 218 mil cooperados (associados), dos quais 40% são mulheres. Em 2015 essas cooperativas movimentaram R$ 3 bilhões 848 milhões, contabilizando uma inacreditável expansão de 42,66%. Esse é o maior crescimento entre os 12 ramos do cooperativismo catarinense em 2015. Os sistemas de cooperativas de crédito em operação no mercado são Sicoob, Sicredi, Cecredi e Unicred. Motivos do crescimento: busca de serviços de intermediação financeira e operações de crédito mais baratas e com retorno dos resultados operacionais (sobras), confiança no sistema, atendimento pessoal e personalizado, oferta dos mesmos serviços da área bancária, retorno das sobras, reajuste de quota capital e a grande capilaridade - em todos os municípios existem cooperativas de crédito.





Fonte: Adjori/SC.

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